quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Plano de Ação

Título
“Sem Drogas, sem Álcool e sem Violência no Lar”

Identificação
Nome: Evylane Silva Medina
Órgão em que trabalha: SEDU (Governo do Estado do Espírito Santo)
Cargo: Agente de Suporte Educacional
Função: Secretária escolar
Município: Mimoso do Sul
Nome do Pólo ao qual está vinculado: Mimoso do Sul (MSUL)
Nome do/a professor/a Online: Denise Pinto Vasconcelos

Objetivo geral da ação
Através do Plano de Ação aqui apresentado há a busca da redução dos casos de violência doméstica e familiar, tendo em vista que tais violências muitas vezes provêm de problemas com o álcool e/ou drogas e que o uso de entorpecentes é fator determinante no crescimento dos casos de violência contra a mulher onde, embora não haja uma relação causal, há uma forte associação entre violência doméstica e uso, abuso e/ou dependência de substâncias químicas e alcoólicas.
O objetivo geral do Plano de Ação “Sem Drogas, sem Álcool e sem Violência no Lar” é o de promover uma política pública que vise o tratamento e o acompanhamento de dependentes químicos e/ou do alcoolismo e seus familiares, especialmente cônjuges, filhos e, quando jovens, suas mães, que são pessoas próximas que muito sofrem pelo próprio estado do dependente como também pelas supostas agressões físicas, morais, psicológicas e patrimoniais, já que a maioria dos dependentes químicos e alcoólicos não mede esforços para adquirir os produtos de seu vício. Além disso, como forma de impedir a proliferação de drogados e suas consequências sociais, a política implementada tem o objetivo de fortalecer as campanhas de prevenção as drogas já existentes, operando principalmente junto as escolas, possibilitando a prevenção e a não iniciação de crianças e adolescentes no universo das drogas e do álcool, de forma a contribuir na diminuição da onda crescente de crimes e atos violentos, através de programas que funcionem como o PROERD (Programa de Resistência às Drogas e a Violência) e que impeçam o surgimento de novos sujeitos propensos a utilização de drogas, tanto lícitas, quanto ilícitas.

Justificativa
Como justificativa para a proposta do Plano de Ação “Sem Drogas, sem Álcool e sem Violência no Lar” pode-se apontar o fato das drogas e da bebida serem determinantes no aumento dos casos de violência contra a mulher, tendo em vista que elas são capazes de transformar qualquer pessoa, tornando-as irracionais, descontroladas e impulsivas e as levando a brutalidades inimagináveis pelo fato de se desprenderem de valores éticos. Além disso, é válido afirmar ainda que estimulantes como o crack e a cocaína frequentemente estão envolvidos em episódios de violência doméstica pelo fato de reduzirem a capacidade de controle de impulsos.
Ainda como justificativa para essa preocupação em relação às drogas pode-se apontar também a atual necessidade de controle ao seu tráfico e ao seu uso, que vem crescendo demasiadamente, sem que o Estado consiga interrompê-lo e controlá-lo. No município de Mimoso do Sul, embora atitudes já tenham sido tomadas, a situação não difere do restante do Brasil, onde, cada vez mais cedo, jovens adentram ao mundo das drogas, do vício e do crime, o que os faz, por diversas vezes, furtar suas próprias casas ou a casa de seus pais, agredirem suas companheiras, maltratar seus próprios filhos etc., fatos que retratam a violência doméstica e do lar e que têm influência direta sobre o bem estar físico e psicológico das famílias. Em Mimoso do Sul a situação é preocupante quando se põe em análise o número de crianças que são levadas ao Conselho Tutelar por conta de maus tratos no lar, onde, aproximadamente, 30% têm suas famílias desestruturadas, direta ou indiretamente por conta da utilização de substâncias psicoativas.
Além disso, pode-se apontar também o fato dos danos que a violência doméstica e o uso das drogas pelos pais causam em crianças e adolescentes, que podem variar de ansiedade constante, atraso no desenvolvimento, medo de ir à escola ou separar-se da mãe, baixa auto-estima, depressão, suicídio, desequilíbrio psíquico, comportamento delinquente (inclusive de agressão), fuga de casa e o próprio uso das drogas e a problemas com o alcoolismo, fatores que são correntes tanto em escala nacional quanto municipal.

Descrição da ação
A ação proposta relaciona-se ao fornecimento de serviços de saúde e atendimento onde o plano visa trabalhar com a desintoxicação de dependentes químicos em clínicas especializadas públicas e com o acompanhamento psicológico dos familiares mais próximos da vítima das drogas e das bebidas alcoólicas, especialmente mulheres e crianças que venham a sofrer pela violência doméstica.
A proposta também é a de trabalhar nos dependentes/agressores a questão de que “quem ama não mata” e não agride, de forma com que eles conscientizem-se de que atos de brutalidade não devem estar presentes nas relações afetivas e amorosas, devolvendo-os a sociedade com novos conceitos, novas expectativas e, sobretudo, novas práticas afetivas com relação a suas esposas, mães e filhos/as.
Além disso, o plano de ação aqui exposto visa também trabalhar com o ideário de crianças e adolescentes com o intuito de conscientizá-los de que o caminho das drogas é o pior caminho a ser seguido, demonstrando a eles o lado perverso dos entorpecentes e do álcool, utilizando-se de dados estatísticos que evidenciem as mortes, as doenças decorrentes do uso de tais substancias psicoativas e suas consequências na instituição familiar.

Cronograma
Para planejamento: 6 (seis) meses
Para execução: 1 (um) ano

População beneficiada
Através da implementação de tal plano de ação a margem da população beneficiada se estende de dependentes químicos (que serão tratados gratuitamente), mulheres violentadas por consequência dos vícios de drogas e bebidas (tanto mães, quanto esposas e ex-esposas, já que muitas vezes a agressão de gênero também ocorre entre indivíduos de relacionamentos passados) e a filhos/as de dependentes químicos, que além de verem seus pais tratados, terão a possibilidade de vivenciarem em um lar sem violência doméstica e, futuramente, estarem livres de traumas de infância que os torne agressivos, arredios e, na pior das hipóteses, seguidores da mesma trajetória agressiva e violenta da vida de seus pais. Além disso, como outros indivíduos beneficiados pela ação proposta se pode citar também as crianças e os adolescentes que serão integrados em programas de prevenção ao uso de substâncias psicoativas.



Postado por: Evylane Silva Medina

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